terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Labirinto do tempo

De ontem em diante
Serei o que sou no instante agora
Ontem
Hoje
e amanhã
São a mesma coisa, sem a ideia ilusória
De que o dia
A noite e a madrugada
São coisas distintas, separadas por um canto de um galo velho

Eu apóstolo contigo que não sabes o evangelho
do versículo e da profecia quem surgiu primeiro
O antes
O outrora
A noite ou o dia

A minha vida inteira é o meu dia inteiro
Meus diluvius imaginários
Ainda faço no chuveiro

A minha mochila de lanches é minha
marmita requenta em banho-maria
Minha mamadeira de leite em pó
é cerveja gelada na padaria

O meu banho no tanque
é lava carro com mangueira
E se antes
Bem antes
Um pedaço da maçã
Hoje eu quero a fruta inteira
E da fruta eu tiro a Poupa
Da puta eu tiro a Roupa

Da luta não me retiro
Me atiro do alto
Que me atire no peito
Da luta não me retiro

Todo dia de manhã
nostalgia das besteiras
das besteiras
das besteiras
que fizemos ontem

Um comentário:

  1. dah fruta eu quero a poupa...
    dah maça eu tiro a semente
    e com a polpa.....
    abrço poeta...

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