quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ver nossas vidas

Os tebanos em seu desespero depositaram sua confiança em um desconhecido, e para esse desconhecido a sua glória se tornou sua desgraça, assim Édipo vê sua vida...

Nós em nosso desespero depositamos a confiança no que?
O governo não consegue nem esconder suas próprias cagadas nas cuecas alheias..
A policia não se atreve a lutar contra o patrão, e corrupção cresce cada segundo mais e mais.
Governo e Estado são reflexos da população, mas será que somos assim?

A alegria na poesia morreu, assim como a esperança em um projeto de sociedade igualitária, um Fórum Social de um lado e do outro um em Davos.
Quem dá mais, Quem dá mais... aproveite ultima liquidação de utopias....

Como vamos ver nossas vidas?



terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não Pense

Não pense...
Se pensar não escreva...
Se escrever não assine...
Se assinar não se espante...

Labirinto do tempo

De ontem em diante
Serei o que sou no instante agora
Ontem
Hoje
e amanhã
São a mesma coisa, sem a ideia ilusória
De que o dia
A noite e a madrugada
São coisas distintas, separadas por um canto de um galo velho

Eu apóstolo contigo que não sabes o evangelho
do versículo e da profecia quem surgiu primeiro
O antes
O outrora
A noite ou o dia

A minha vida inteira é o meu dia inteiro
Meus diluvius imaginários
Ainda faço no chuveiro

A minha mochila de lanches é minha
marmita requenta em banho-maria
Minha mamadeira de leite em pó
é cerveja gelada na padaria

O meu banho no tanque
é lava carro com mangueira
E se antes
Bem antes
Um pedaço da maçã
Hoje eu quero a fruta inteira
E da fruta eu tiro a Poupa
Da puta eu tiro a Roupa

Da luta não me retiro
Me atiro do alto
Que me atire no peito
Da luta não me retiro

Todo dia de manhã
nostalgia das besteiras
das besteiras
das besteiras
que fizemos ontem